Tudo o que você precisa saber sobre o Axolote: características, habitat, reprodução e ciclo de vida

O axolote, também conhecido pelo seu nome científico Ambystoma mexicanum, é um anfíbio endêmico dos canais do lago Xochimilco, localizado no centro da Cidade do México. É um membro da família Ambystomatidae e possui uma característica interessante: a metamorfose não ocorre naturalmente nessa espécie, o que significa que o animal permanece em estado larval ao longo de sua vida.

Infelizmente, o axolote está atualmente em perigo de extinção devido a uma significativa diminuição da população em seu habitat natural. O animal é solitário e se comunica por sinais visuais ou químicos, principalmente durante a estação de acasalamento.

Apesar de parecer um peixe, o axolote é, na verdade, uma salamandra neoteniana. Esse termo se refere à sua capacidade de se reproduzir, mesmo mantendo as características aquáticas de seu estágio larval quando adulto.

Em raros casos, o axolote pode sofrer metamorfose e se transformar em uma salamandra terrestre. No entanto, esse processo só ocorre naturalmente por hibridismo ou em condições ambientais adversas. A metamorfose também pode ser induzida artificialmente em laboratório por meio da injeção de produtos químicos hormonais.

É importante preservar o habitat do axolote e tomar medidas para proteger essa espécie em risco de extinção.

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Axolote: Animal Mitológico

O axolote é um animal aquático originário do México, conhecido por sua aparência única e sua importância na mitologia asteca. Segundo a crença asteca, o deus Xólotl se transformou em um axolote para escapar do sacrifício, tornando-se um dos animais mais reverenciados na cultura mexicana.

Na mitologia asteca, os deuses sacrificaram-se para criar o Quinto Sol. No entanto, Xólotl se escondeu da morte transformando-se em uma planta de milho. Quando descobriram sua localização, ele virou mexilhões para fugir novamente. Mas, ao final, encontraram-no e ele refugiou-se na água, transformando-se em um axolote.

Devido à sua ligação com Xólotl, os astecas consideravam o axolote um animal sagrado e ele se tornou uma iguaria predileta da realeza asteca. Sua importância na mitologia e cultura mexicana fez dele um animal icônico e amado globalmente.

Apesar de sua importância cultural, o axolote está atualmente em risco de extinção. A poluição e a perda de habitat são as principais ameaças para essa espécie vulnerável. A conscientização sobre a importância dos esforços de conservação é fundamental para garantir a sobrevivência desses animais únicos e icônicos.

Mundo Cientifico

O axolote é um organismo modelo amplamente utilizado em estudos científicos atuais. Uma das principais razões para isso é que essa espécie é relativamente fácil de criar em cativeiro, o que permite que os pesquisadores estudem seus diferentes estágios de desenvolvimento. O embrião do axolote é grande e o ovo quase translúcido, o que o torna ideal para visualizar o desenvolvimento embrionário.

Outro fator que torna o axolote atraente para pesquisas é sua habilidade notável de regeneração. Essa capacidade permite que os cientistas estudem processos regenerativos que podem ser aplicados em outras áreas de pesquisa médica, como a cicatrização de feridas e a regeneração de tecidos danificados.

Atualmente, o axolote está sendo usado em pesquisas sobre defeitos cardíacos, devido à presença de um gene mutante que causa insuficiência cardíaca nos embriões. Esse modelo animal também é amplamente estudado em pesquisas sobre fechamento do tubo neural, devido à semelhança entre a placa neural do axolote e a do ser humano.

Em suma, o axolote é um organismo modelo extremamente valioso em pesquisas científicas devido à sua capacidade de regeneração, facilidade de criação em cativeiro e semelhanças com o ser humano em relação a certos processos biológicos. A utilização desse animal em estudos pode levar a descobertas significativas em várias áreas de pesquisa médica e biológica.

Habilidades Naturais Regenerativasdo Axolote

Seres humanos e outros mamíferos vertebrados têm capacidade limitada de regenerar partes do corpo perdidas, mas o Ambystoma mexicanum, também conhecido como axolote, pode regenerar apêndices perdidos e até mesmo áreas específicas do cérebro. Esta habilidade única torna o axolote uma valiosa fonte de informação para a medicina regenerativa.

O axolote é uma espécie de “super-herói” da regeneração. Ele regenera membros, nadadeiras e até partes do cérebro após lesões. Esta capacidade resulta de um processo complexo no nível molecular. Embora haja semelhanças entre as estruturas e sistemas do axolote e dos seres humanos, a dificuldade de trabalhar no nível molecular com esta espécie limita os estudos nessa área. Os genomas do axolote são grandes, dificultando o seu sequenciamento completo.

No entanto, pesquisadores estão encontrando soluções para essa limitação, trabalhando com informações contidas no mRNA. Esses dados permitem descobrir os mecanismos que ocorrem no nível molecular nos processos biológicos regenerativos. Com base nesses dados, cientistas investigam novas maneiras de ajudar seres humanos a regenerar tecidos e órgãos perdidos.

A medicina regenerativa é uma área de pesquisa promissora que busca desenvolver novas terapias para tratar uma variedade de doenças e lesões. O conhecimento adquirido a partir do estudo do processo de regeneração do axolote pode ajudar a avançar essa área de pesquisa e potencialmente levar a novas terapias e tratamentos para os seres humanos.

Concluindo, o estudo da regeneração do axolote pode fornecer informações valiosas para a medicina regenerativa. Embora os estudos nessa área sejam limitados pela dificuldade de trabalhar em nível molecular com esta espécie, os pesquisadores estão encontrando maneiras de superar essa limitação. Com o avanço da tecnologia e da pesquisa, é possível que o axolote se torne uma ferramenta valiosa para o desenvolvimento de novas terapias regenerativas para os seres humanos.

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Outras Caracteristicas do Axolote

Cauda

Uma das características mais marcantes deste animal é sua cauda.

A cauda do Axolote é achatada lateralmente, o que significa que é mais larga na horizontal do que na vertical. Ela é também muito longa, com cerca de metade do comprimento do corpo do animal. Essa cauda tem várias funções importantes para o Axolote.

Em primeiro lugar, a cauda do Axolote é usada para nadar. Como o animal vive em ambientes aquáticos, sua cauda é fundamental para ajudá-lo a se mover na água. A forma achatada da cauda cria uma superfície maior de contato com a água, o que aumenta a eficiência do movimento.

Além disso, a cauda do Axolote é um importante órgão sensorial. Ela contém muitas terminações nervosas, que permitem ao animal detectar mudanças na temperatura, na pressão e na composição química da água. Isso é particularmente importante para o Axolote, que é capaz de regenerar membros e órgãos danificados. Se sua cauda for amputada, por exemplo, ele pode regenerá-la completamente em algumas semanas.

Outra característica interessante da cauda do Axolote é sua capacidade de armazenar gordura. Isso é útil para o animal em períodos de escassez de alimentos, quando ele pode usar essa reserva de energia para sobreviver. A cauda também é um local importante de armazenamento de células-tronco, que podem ser usadas para regenerar tecidos danificados.

Estrutura Esquelética do Axolote

Ele possui um esqueleto peculiar, que não é completamente ossificado. Em vez disso, a maior parte do seu esqueleto é composto de cartilagem. Isso é particularmente evidente na área branquial, que é a região localizada em torno das guelras do animal.

A coluna vertebral do axolote é pouco diferenciada, embora seja possível distinguir algumas regiões distintas. Essas regiões incluem a cervical (pescoço), torácica (tórax), sacral caudal (região lombar) e sacral e caudal (região da cauda).

No total, o axolote possui cerca de 50 vértebras. No entanto, o número de vértebras na cauda pode variar entre 30 e 35, dependendo do indivíduo. O animal também possui costelas rudimentares que se estendem ao longo do seu corpo.

Embora o esqueleto do axolote possa parecer incomum em comparação com outras espécies de animais, é perfeitamente adaptado ao seu estilo de vida aquático. A falta de ossificação em certas partes do esqueleto permite que o axolote seja mais flexível e ágil na água, permitindo-lhe nadar com maior facilidade.

A Pele: Proteção, Regulação e Variedade de Cores

A pele do axolote é composta por várias camadas, incluindo a epiderme, derme, cílios, papilas e tecido glandular. Sua principal função é proteger o animal de variações ambientais e defender o corpo contra infecções causadas por micróbios.

Além disso, a pele do axolote contribui para a regulação dos níveis de água no corpo e a eliminação de resíduos. Ao contrário de outras espécies de salamandras, os axolotes não perdem a pele.

Os axolotes têm quatro genes relacionados à pigmentação da pele, o que resulta em uma ampla variedade de tonalidades de cores. Quando ocorrem mutações, novas tonalidades podem ser criadas.

A cor natural da pele do axolote tem um fundo escuro, geralmente verde acastanhado, com manchas em tons de azeitona, amarelo, laranja ou creme. Essas manchas são distribuídas dorsalmente e podem formar uma linha clara em cada lado do corpo.

Os quatro tons mutantes são leucísticos, com uma cor rosa claro e olhos pretos, albinos, com pele e olhos dourados, axantes, com um corpo cinza e olhos pretos, e melanóides, com uma pele completamente negra, sem manchas.

Além da variedade de cores, os axolotes têm uma capacidade limitada de alterar a cor de sua pele para se camuflar em seu ambiente. Isso é importante para sua sobrevivência na natureza.

Em resumo, a pele do axolote é uma estrutura complexa que desempenha diversas funções, desde a proteção até a regulação dos níveis de água no corpo. Além disso, a ampla variedade de cores e a capacidade de camuflagem tornam essa espécie fascinante para estudar e admirar.

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A Barbatana Caudal do Ambystoma Mexicanum: Anatomia e Funcionalidade

O Ambystoma mexicanum é uma espécie de salamandra que possui uma característica única em seu corpo – uma barbatana caudal. Essa barbatana é uma extensão da pele que se estende desde a parte posterior da cabeça até a extremidade da cauda. Neste artigo, exploraremos a anatomia e funcionalidade dessa barbatana.

Anatomia da Barbatana Caudal

Três camadas principais compõem a barbatana caudal do Ambystoma mexicanum: a epiderme, a derme e a camada subcutânea. A camada mais externa, a epiderme, consiste principalmente de células epidérmicas, protegendo o corpo do animal contra o ambiente externo. A derme, a camada do meio, contém principalmente fibras de colágeno, elastina e tecido conjuntivo, dando suporte estrutural à barbatana. A camada mais interna, a camada subcutânea, tem principalmente células adiposas que isolam termicamente.

Duas partes principais dividem a barbatana caudal: a porção superior, que vai da parte posterior da cabeça até a base da cauda, e a porção inferior, da base da cauda até a extremidade caudal. A porção superior, relativamente estreita, é mais espessa que a porção inferior. Já a porção inferior é mais larga e mais fina que a superior.

Funcionalidade da Barbatana Caudal

A barbatana caudal do Ambystoma mexicanum desempenha várias funções importantes. Primeiro, ela ajuda na natação, permitindo que o animal se mova através da água com facilidade. A porção superior da barbatana é responsável por criar a maior parte da força propulsora necessária para impulsionar o animal através da água. A porção inferior da barbatana ajuda a controlar a direção do movimento, permitindo que o animal faça curvas e ajuste sua trajetória.

Além de ajudar na natação, a barbatana caudal também é importante para a termorregulação. As células adiposas na camada subcutânea da barbatana fornecem isolamento térmico, ajudando a manter a temperatura corporal do animal em um nível constante. Isso é particularmente importante para o Ambystoma mexicanum, que é uma espécie que vive em ambientes aquáticos frios.

A Cabeça: Uma Breve Descrição Anatómica

A cabeça é uma das principais estruturas do corpo humano e de muitos outros animais. Ela contém vários órgãos vitais e sistemas que permitem funções importantes, como a visão, a audição, a respiração e a alimentação. Neste artigo, vamos descrever brevemente a anatomia da cabeça de um animal não especificado.

A cabeça em questão é relativamente larga e é separada do tronco na parte inferior. Os olhos estão localizados nos dois lados da cabeça, sendo pequenos e não apresentando pálpebras. Isso pode limitar o campo de visão, e, portanto, o animal depende bastante dos sentidos do tato e do olfato para realizar suas atividades diárias, incluindo a caça.

Esse animal tem dentes vestigiais na boca que são pouco visíveis. Muitos animais que evoluíram de ancestrais com dentes bem desenvolvidos possuem esses dentes como resquícios evolutivos. Além disso, o animal tem um par de narinas que permite a entrada de ar em seus pulmões.

É importante ressaltar que a anatomia da cabeça pode variar bastante entre as diferentes espécies animais. A presença ou ausência de determinados órgãos e sistemas, como dentes, olhos, nariz, ouvidos, cérebro e outros, pode influenciar as habilidades e comportamentos dos animais em seu ambiente natural.

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Membros do Axolote: Características e Funções

Os membros do axolote são curtos e subdesenvolvidos em relação ao tamanho do corpo. As pernas dianteiras têm quatro dedos, enquanto as traseiras têm cinco dedos.

Apesar de sua aparência pouco desenvolvida, os membros do axolote são importantes para a locomoção e a busca por alimento. Eles usam suas pernas para se moverem no fundo da água e para cavar na areia ou lama em busca de alimento.

Os membros também desempenham um papel importante na reprodução. Durante a época de acasalamento, os machos usam suas pernas para segurar as fêmeas enquanto depositam o esperma. As fêmeas usam suas pernas para se moverem em direção aos locais de postura de ovos.

Os membros do axolote desempenham um papel na regeneração. Se o axolote danificar ou perder um membro, ele pode regenerá-lo em um curto período de tempo.

Em resumo, os membros do axolote são curtos e subdesenvolvidos, mas cumprem várias funções cruciais, como locomoção, busca por alimento, reprodução e regeneração. Pesquisadores estudam sua notável capacidade de regeneração buscando tratamentos médicos para lesões e doenças humanas.

Identificando Machos e Fêmeas Axolote

Os axolotes são anfíbios fascinantes, conhecidos por sua capacidade de regeneração de membros e órgãos, além de sua aparência única. Mas você sabia que é possível distinguir os machos das fêmeas axolote com base em algumas características físicas?

Os machos de axolote são relativamente fáceis de identificar. Eles têm uma glândula de esgoto inchada, que se parece com uma protuberância na base da cauda. Essa glândula é coberta de pequenas protuberâncias ou papilas, que são usadas na corte e atração de parceiras. Essas papilas podem ser mais visíveis durante a época de reprodução, quando os machos estão mais ativos.

As fêmeas, por outro lado, não possuem essa glândula de esgoto desenvolvida. Em vez disso, elas têm uma cauda mais fina e reta, sem a presença de papilas ou outras protuberâncias. Além disso, as fêmeas podem apresentar uma aparência mais arredondada ou robusta em comparação com os machos.

No entanto, vale ressaltar que a identificação de machos e fêmeas axolote pode não ser tão fácil em indivíduos jovens ou imaturos. Além disso, a determinação do sexo pode exigir uma inspeção mais detalhada ou até mesmo técnicas de análise genética em alguns casos.

Em conclusão, podemos identificar machos e fêmeas axolote com base em diferenças físicas observáveis, como a presença de glândula de esgoto inchada e papilas nos machos, e uma cauda mais fina e reta nas fêmeas. Criadores e estudiosos destes animais usam essa informação para entender melhor sua biologia reprodutiva e comportamento, seja em cativeiro ou na natureza.

Brânquias Externas do Axolote: Funcionamento e Importância

O axolote é uma espécie que possui brânquias externas, um órgão utilizado para respirar quando estão na água. Essas brânquias consistem em três pares de hastes que nascem da parte de trás da cabeça.

Filamentos cobrem cada haste das brânquias e ampliam a superfície para trocas gasosas, permitindo a absorção de oxigênio da água e a eliminação do dióxido de carbono. Este processo é vital para a sobrevivência do axolote em seu habitat natural.

As brânquias externas do axolote são uma característica marcante da espécie e atraem o interesse de cientistas e pesquisadores. Cientistas estudam a capacidade do axolote de regenerar tecidos, incluindo as brânquias, buscando possíveis aplicações médicas.

A regeneração das brânquias do axolote pode ter implicações no tratamento de doenças respiratórias em humanos, como a fibrose cística, que afeta a função pulmonar. Compreender como o axolote é capaz de regenerar seus órgãos pode ajudar a desenvolver novos tratamentos para doenças humanas.

A Respiração do Axolote: Uma Abordagem ao seu Pulmão

Axolotes, fascinantes anfíbios, vivem nas águas doces da América do Norte. Eles respiram através da pele, como outros anfíbios. No entanto, eles também têm um pulmão rudimentar para situações específicas.

Diferente de outros animais, o pulmão dos axolotes não se desenvolveu completamente. Em vez disso, ele consiste em pequenos sacos simples localizados na região torácica. Estes sacos não contêm as estruturas complexas presentes nos pulmões de outros animais, como alvéolos e bronquíolos.

Apesar disso, os axolotes podem recorrer ao uso do pulmão em determinadas situações, como quando precisam emergir para a superfície para obter ar. Isso pode ocorrer quando a água em que estão se torna pobre em oxigênio ou quando precisam de ar para atividades como a reprodução. No entanto, é importante notar que a respiração através da pele é a principal forma de respiração dos axolotes e é muito mais eficiente do que a respiração pulmonar.

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A Família Ambystomatidae: Características e Exceções

Anfíbios da família Ambystomatidae habitam principalmente a América do Norte e Central. A maioria dos membros desta família sofre metamorfose durante seu desenvolvimento e se torna adulta terrestre com corpos e pernas alongados e cabeças curtas e arredondadas. Estes anfíbios normalmente se abrigam sob folhas ou em tocas, mas retornam a lagos ou corpos d’água para reprodução.

Contudo, as espécies Ambystoma mexicanum são uma exceção: elas mantêm sua forma larval mesmo na fase adulta porque não passam por metamorfose. Portanto, elas passam a maior parte de sua vida na água.

Membros da família Ambystomatidae, apesar de algumas variações características, compartilham muitas semelhanças. Por exemplo, a maioria das espécies possui corpo achatado e cauda longa, útil para natação. Adicionalmente, muitos destes anfíbios possuem glândulas venenosas na pele, protegendo-os de predadores.

As espécies Ambystoma mexicanum, embora atípicas por não sofrerem metamorfose, são notáveis por outras características. Por exemplo, elas têm uma dieta peculiar, alimentando-se principalmente de presas aquáticas como crustáceos e peixes pequenos. Além disso, elas possuem a incrível habilidade de regenerar partes do corpo, incluindo membros e órgãos internos.

Para concluir, a maioria dos anfíbios da família Ambystomatidae passa por uma metamorfose para se tornar adulta terrestre. No entanto, o Ambystoma mexicanum se destaca como uma exceção fascinante, mantendo sua forma larval durante toda a vida.

Conhecendo o Gênero Ambystoma e suas Espécies

Espécies do gênero Ambystoma geralmente possuem brânquias e reproduzem-se na água, depositando seus ovos em grupos visíveis. Estes ovos, claros e flutuantes, permitem observações claras de cada estágio de desenvolvimento.

As espécies mais reconhecidas desse gênero incluem o Ambystoma mexicanum e o Ambystoma tigrinum. O Ambystoma mexicanum, ou axolote, nativo do México, tem brânquias externas que lhe permitem respirar na água. Pesquisadores estudam amplamente o axolote devido à sua capacidade de regenerar tecidos, incluindo brânquias.

Por outro lado, o Ambystoma tigrinum, ou salamandra-tigre, vive em várias regiões da América do Norte e exibe uma coloração listrada preta e amarela, assemelhando-se a um tigre. Esta espécie também pode regenerar seus tecidos, incluindo membros e partes do cérebro.

Apesar da característica de brânquias do gênero Ambystoma, algumas espécies perdem as brânquias durante o desenvolvimento e respiram pelos pulmões, como é o caso da Ambystoma opacum, a salamandra-marrom.

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Perigo de extinção Ambystoma mexicanum

O Axolote, também conhecido como Ambystoma mexicanum, enfrenta ameaça de extinção e a União Internacional para a Conservação da Natureza o classifica como tal. Suas populações selvagens declinaram drasticamente, de 6000 espécimes por km2 em 1998 para apenas 36 em 2014.

A diminuição da população dessa espécie está relacionada a vários fatores, incluindo a contaminação e dessecação de lagos e canais devido ao desenvolvimento urbano e derramamento de substâncias químicas, a captura para fins medicinais, científicos e consumo humano, a introdução de espécies exóticas como carpas e tilápias, que competem por comida e são predadores naturais, e a captura excessiva de jovens que afeta a reprodução.

Especialistas implementaram várias estratégias para conservar a espécie, incluindo projetos de biorremediação e restauração de habitats, o Plano de Resgate Ecológico de Xochimilco em 1989 e o Plano de Ação Nacional para a Gestão e Conservação de Axolotl em Xochimilco, com o apoio de governos internacionais como o do Reino Unido. Alguns especialistas também sugerem a criação do “Abrigo Chinampa” no lago Xochimilco como uma zona de refúgio sem pesticidas e fertilizantes químicos.

O Axolote habita endemicamente os canais do lago Xochimilco, no México. Antes, ele também vivia no lago Chalco, mas a drenagem artificial desse lago para prevenir inundações causou o desaparecimento do Axolote dessa área. A situação crítica do Axolote demanda ações imediatas para proteger essa espécie distinta.

Distribuição e habitat do Axolote

O Axolote, também conhecido como monstro d’água mexicano, é uma espécie endêmica que habita os canais do lago Xochimilco, no México. O lago Xochimilco é um importante recurso natural mexicano que está localizado a 2.220 metros acima do nível do mar e possui 207 quilômetros de canais, oito pequenos lagos e dois pântanos sazonais. No passado, o Axolote habitava também o lago Chalco. No entanto, a drenagem artificial desse lago para evitar inundações causou o desaparecimento dessa espécie desse habitat.

Situação atual do lago Xochimilco

Décadas de manejo inadequado do solo na fronteira com o lago Xochimilco afetaram significativamente a qualidade da água e o habitat do Axolote. Atualmente, esgotos drenam para o lago, alguns tratados e outros não, e durante a estação chuvosa, que ocorre entre os meses de junho e outubro, as chuvas também alimentam este lago.

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Fluxo de água do lago Xochimilco

O corpo de água do lago Xochimilco tem um fluxo de água que se move a 4m / h do sul ao norte. Na região sul, existem algumas fontes naturais que contribuem para a alimentação deste lago. No entanto, na região norte, as águas residuais têm acesso, o que tem afetado significativamente a qualidade da água e o habitat do Axolote.

Descobertas sobre a distribuição e conservação do axolote

Nos últimos anos, pesquisadores conduziram estudos para entender a distribuição local do axolote, considerando seu nicho ecológico, com o objetivo de identificar áreas apropriadas para a espécie e usar essas informações em sua conservação.

Os resultados dessas pesquisas mostram que Ambystoma mexicanum ocorre em apenas onze locais em seis áreas isoladas, reduzidas e dispersas. Principalmente, encontram-se esses locais em regiões de uso agrícola tradicional.

Ciclo de vida único

A maioria dos anfíbios tem um ciclo de vida que inclui um estágio na água e outro na terra, passando por um processo de metamorfose entre essas fases. No entanto, Ambystoma mexicanum é uma exceção a essa regra.

Isso ocorre porque a espécie é neotênica, o que significa que não passa por metamorfose. Portanto, todo o seu ciclo de vida se desenvolve dentro da água. Durante seu desenvolvimento, o axolote passa por várias etapas, incluindo:

Fertilização dos ovos

Uma vez fertilizado, o ovo do axolote atinge aproximadamente 2 mm. Durante esse estágio, os óvulos são envolvidos em uma secreção gelatinosa que contém esperma. Nessa fase, ocorre a primeira clivagem e a formação da ranhura do polo animal.

Da Fertilização à Maturidade Sexual

O Axolotl é uma espécie de salamandra encontrada em lagos e canais do México, conhecida por sua capacidade de regeneração. É uma criatura fascinante e um assunto de estudo popular na biologia. Neste artigo, vamos explorar o desenvolvimento do Axolotl, desde a fertilização até a maturidade sexual.

Embrião

A fertilização do Axolotl ocorre externamente, onde os ovos são colocados no ambiente e esperam a fertilização pelos espermatozoides. Após 21 horas da fertilização, o embrião já é uma blástula, com uma superfície lisa. Quando atinge três dias de idade, o embrião tem uma forma alongada, com as dobras neurais começando a subir acima da área da cabeça.

Início da Formação de Estruturas Orgânicas

Entre 3 e 4 dias de idade, as dobras neurais se fundem no nível da zona espinhal do embrião. As vesículas ópticas estão se desenvolvendo, e um pequeno inchaço define a região futura onde as brânquias serão localizadas. Uma depressão aparece no ectoderma, que se tornará o primórdio do ouvido.

Aparência dos Olhos e Brânquias

Após 10 dias, as brânquias alongam-se e apresentam quatro pares de filamentos. A boca destaca-se com mais clareza, e as gemas projetam-se das extremidades.

Incubação

No dia 12, começa o processo de eclosão, onde a larva realiza movimentos convulsivos, destacando a camada de gelatina que a cobre.

Larvas

Os jovens são considerados larvas, desde a eclosão até quatro meses. Nesta fase, eles possuem apenas cabeça, brânquias e corpo. Os membros se desenvolverão mais tarde. Nas primeiras horas de vida, as larvas de Axolotl se alimentam de alguns restos de vitello, mas muito em breve precisarão de microalgas, como a spirulina, para nutrir e se desenvolver ainda mais.

Crescimento de Jovens e Idade Adulta

Quando o Axolotl tem entre 4 e 12 meses, é considerado jovem, geralmente com cerca de 5 centímetros. A partir dos 13 meses, começa a fase em que pode se reproduzir, pois é sexualmente maduro.

Reprodução

Nos Axolotls, a maturidade sexual é alcançada por volta do primeiro ano de idade. Apesar disso, eles mantêm seu estado larval. É a partir desse momento que as diferenças entre machos e fêmeas são mais visíveis. Uma dessas características é a inflamação na área do esgoto. Nos machos, as glândulas de esgoto estão inchadas e tendem a ser mais finas e têm uma cauda mais longa do que as fêmeas.

A atividade sexual do Axolotl é geralmente à noite. Para acasalar, os machos não têm comportamentos associados ao namoro.

Características, Alimentação, Digestão, Fecundação e Neotenia

O axolote, cientificamente chamado de Ambystoma mexicanum, é uma espécie de salamandra endêmica do México. É um animal bastante interessante e muito estudado por cientistas, devido às suas características únicas. Neste artigo, falaremos sobre a fecundação, neotenia, alimentação e digestão do axolote.

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Fecundação

A fecundação do axolote começa com o macho secretando esperma da costa através da abertura cloacal. Esse envoltório granular é depositado em uma rocha ou na areia. A fêmea se aproxima do saco e o absorve pelo esgoto para fertilizar os ovos que já estão em seu corpo. A fêmea deposita entre 100 e 600 ovos durante a oviposição. A largura da configuração varia, podendo variar de 40 a 1500, dependendo da idade e tamanho da fêmea. O tempo de incubação dos ovos fertilizados é de 12 a 18 dias e pode ser afetado pela temperatura do ambiente.

Neotenia

O axolote é um animal que mantém a forma larval durante toda a vida, o que é conhecido como neotenia. A degeneração da glândula tireóide impede o processo de metamorfose, fazendo com que o animal atinja a maturidade sexual sem sofrer mudanças morfológicas. A neotenia permitiu que o axolote sobrevivesse em ambientes aquáticos com pouca comida.

Alimentação

O axolote é um animal carnívoro que tem uma dieta variada de acordo com a fase de desenvolvimento. Os jovens se alimentam de restos do saco vitelino e microalgas. Quando já estão mais desenvolvidos, passam a comer larvas de insetos, pequenos pedaços de carne e vermes. Quando adultos, a dieta é composta por filhotes recém-nascidos de peixes, lagostas, vermes aquáticos, como o tubifex, lesmas, insetos, girinos de sapos, caracóis, larvas de mosquitos e vermes.

Digestão

O trato digestivo do axolote é simples e curto. Os alimentos são absorvidos juntamente com a água e engolidos inteiros. A digestão começa no esôfago, que secreta um tipo de muco que contém enzimas digestivas. A comida passa pelo estômago, que é do tipo glandular e possui 3 zonas: coração, fundo e piloro, onde a digestão continua. Em seguida, a massa de comida passa para o intestino, que é curto no axolote. A digestão é complementada por órgãos como o fígado e o pâncreas, que produzem enzimas digestivas e fluidos biliares para auxiliar na digestão das gorduras.

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